domingo, 29 de agosto de 2010

Matriz disciplinar ou novo paradigma para o desenvolvimento rural sustentável

Por:
Francisco Roberto Caporal
José Antônio Costabeber
Gervásio Paulus

Este artigo aborda a Agroecologia como uma ciência que pretende contribuir para o manejo e desenho de agroecossistemas sustentáveis, em perspectiva de análise multidimensional (econômica, social, ambiental, cultural, política e ética). Entendida a partir de seu enfoque teórico e metodológico próprio e com a contribuição de diversas disciplinas científicas, a ciência Agroecológica passa a constituir uma matriz disciplinar integradora de saberes, conhecimentos e experiências de distintos atores sociais, dando suporte à emergência de um novo paradigma de desenvolvimento rural. Entretanto, na caminhada em direção ao desenvolvimento rural sustentável é necessário um conjunto de inovações tecnológicas, bem como novas abordagens dos problemas agrários contemporâneos, entendendo que não haverá agricultura ou desenvolvimento rural em base sustentável a margem de uma sociedade igualmente sustentável. Na perspectiva de análise adotada,  a diversidade sociocultural e ecológica aparece como um componente fundamental e nunca dissociável da incorporação de estratégias de ação apoiadas em metodologias participativas, elementos estes tão caros ao enfoque agroecológico.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

METODOLOGIA PARA ANÁLISE ECONÔMICA EM SISTEMAS AGROECOLÓGICOS

Fonte: EMBRAPA AGROBIOLOGIA
A preocupação surgida nos últimos anos quanto à dependência da agricultura convencional aos fertilizantes químicos e agrotóxicos, o uso abusivo e desperdício destes, têm levado a esforços para criar tecnologias para substituir o atual sistema de produção. 
O interesse crescente em sistemas sustentáveis de produção, reflete uma consciência compartilhada por muitas pessoas nas áreas urbana e rural, de que uma agricultura ecologicamente sustentável, socialmente justa, culturalmente aceita e economicamente viável, deve substituir este modelo atual, baseado no uso intensivo e desperdício de insumos e que vem acarretando impactos negativos ao meio ambiente e à saúde humana. 
Neste sistema tem-se buscado o uso racional dos recursos disponíveis, com o objetivo de obter: (1) auto-suficiência em nitrogênio através da fixação biológica; (2) máxima ciclagem de nutrientes através de rotação e diversificação de culturas, redução de perdas por percolação e erosão e integração com a produção animal e silvicultura, (3) Importação através de fontes locais ou alternativas, dos nutrientes necessários para balancear as perdas inevitáveis a fim de manter o equilíbrio nutricional das plantas e animais, de modo que seus mecanismos de defesa não sejam alterados e possam se manifestar. Outro objetivo é a de realizar através de pesquisadores de áreas específicas (solos, fitotecnia, botânica, fitossanidade, sanidade animal, economia, etc.) monitoramento científico que visa a propriedade como um todo. 

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Como fazer uma denúncia

Folha Online
O Ibama (Instituto Brasileiros do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) é o órgão do governo federal responsável pela execução, controle e fiscalização ambiental. Também responde pela integridade das áreas de preservação permanentes e de reservas legais, além de promover o acesso e o uso sustentado dos recursos naturais e muitas outras ações voltadas à conservação do ambiente.
As irregularidades podem ser denunciadas diretamente ao Ibama, por meio da Linha Verde. A ligação é gratuita: 0800 61 8080. Também é possível enviar denúncias por e-mail para linhaverde.sede@ibama.gov.br.
Se a situação envolver a compra, venda ou transporte ilegal de animais silvestres brasileiros, a denúncia pode ser feita à Renctas (Rede Nacional Contra o Tráfico de Animais Silvestres). Para mais informações sobre animais venenosos ou peçonhentos, o contato é o Instituto Butantã, no telefone 0/xx/11/3726-7222.

CLIQUE AQUI ( veja telefone de organizações que podem ajudar ou orientar sua denúncia )

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Carro é movido a esgoto tratado ???

SÃO PAULO – O primeiro carro do Reino Unido movido a dejetos humanos tratados saiu para um passeio pelas ruas de Bristol. O Bio-Bug é um modelo New Beetle conversível, da Volkswagen, adaptado para funcionar com o gás metano gerado durante o tratamento de esgoto.
A performance do veículo é exatamente igual a de um carro normal. Ele foi desenvolvido pela empresa GENeco e teve apoio da Wessex Water, responsável pela construção da estação de recolhimento e tratamento do biogás. 

Segundo os cálculos dos criadores, com a descarga de apenas 70 casas na cidade de Bristol, foi possível captar material o suficiente para abastecer o carro por um ano – tomando como base 16 mil km rodados ao ano.

O biogás é gerado por meio de digestão anaeróbia do esgoto, um processo no qual bactérias, na ausência de oxigênio, quebram os dejetos produzindo metano. Para que o combustível não afete o desempenho do veículo, é necessário tratar o gás antes – um processo chamado literalmente de “upgrading” do biogás, que envolve a separação do CO2 por meio de equipamentos especiais.

Apesar de um possível rejeição inicial das pessoas em relação a este tipo de combustível, os criadores do carro consideram a tecnologia bastante promissora. As instalações na cidade geram, por ano, 18 milhões de m3 de biogás produzido a partir do esgoto. Se todo esse material produzido fosse utilizado para abastecer carros, evitaria a emissão de 19 mil toneladas de CO2. 

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Nordeste sofre com mudanças climáticas

O primeiro quadrimestre de 2010 foi o mais quente já registrado, de acordo com dados de satélite da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), dos Estados Unidos.
No Brasil, a situação não foi diferente. Entre 1980 e 2005, as temperaturas máximas medidas no Estado de Pernambuco, por exemplo, subiram 3ºC. Modelos climáticos apontam que, nesse ritmo, o número de dias ininterruptos de estiagem irá aumentar e envolver uma faixa que vai do norte do Nordeste do país até o Amapá, na região Amazônica.
Os dados foram apresentados pelo pesquisador Paulo Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), durante a 62ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) que começou no domingo (25) e vai até a sexta-feira (30), em Natal, no campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Além da expansão da seca, o pesquisador frisou que o Nordeste deverá sofrer também com as alterações nos oceanos, cujos níveis vêm subindo devido ao aumento da temperatura do planeta. Isso ocorre não somente pelo derretimento das geleiras, mas também devido à expansão natural da água quando aquecida.

Cidades que possuem relevos mais baixos, como Recife (PE), sentirão mais o aumento do nível dos oceanos. E Nobre alerta que a capital pernambucana já está sofrendo as alterações no clima. “Com o aumento do volume de chuva, Recife tem inundado com mais facilidade, pois não possui uma rede de drenagem pluvial adequada para um volume maior”, disse.

Um dos grandes obstáculos ao desenvolvimento da região Nordeste seria a constante associação entre seca e pobreza. A pobreza, segundo o pesquisador, vem de atividades não apropriadas ao clima local e que vêm sendo praticadas ao longo dos anos na região. Plantações de milho e feijão e outras culturas praticadas no Nordeste não são bem-sucedidas por não serem adequadas à caatinga, segundo Nobre.

“A agricultura de subsistência é difícil hoje e ficará inviável em breve. Para que o sertanejo prospere, teremos que mudar sua atividade econômica”, disse.

O cientista citou um estudo feito na Universidade Federal de Minas Gerais e na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que indicou que o desemprego no Nordeste tenderá a aumentar caso as atividades econômicas praticadas no interior continuem.
Nobre sugere a instalação de usinas de energia solar como alternativa. “A Europa está investindo US$ 495 bilhões em produção de energia captada de raios solares a partir do deserto do Saara, no norte da África. O mercado de energia solar tem o Brasil como um de seus potenciais produtores devido à sua localização geográfica e clima, e o Nordeste é a região mais adequada a receber essas usinas”, indicou.

“Ficar sem chuva durante longos períodos é motivo de comemoração para um produtor de energia solar”, disse Nobre, que ressaltou a importância dessa fonte energética na mitigação do aquecimento, pois, além de não liberar carbono, ainda economiza custos de transmissão por ser produzida localmente.

Mais eventos extremos

O potencial do Nordeste para a geração de energia eólica também foi destacado pelo pesquisador do Inpe. Devido aos ventos alísios que sopram do oceano Atlântico, o Nordeste tem em seu litoral um constante fluxo de vento que poderia alimentar uma vasta rede de turbinas.

Além da economia, Nobre chamou a atenção para as atividades que visam a mitigar os efeitos das mudanças climáticas, que seriam importantes também para o Nordeste. “Os efeitos dessas mudanças são locais e cada lugar as sofre de um modo diferente”, disse.

Um dos efeitos dessas alterações é o aumento dos eventos extremos como tempestades, furacões e tsunamis. Em Pernambuco, as chuvas de volume superior a 100 milímetros em um período de 24 horas aumentaram em quantidade nos últimos anos.

“Isso é terrível, pois as culturas agrícolas precisam de uma precipitação regular. Uma chuva intensa e rápida leva os nutrientes da terra, não alimenta os aquíferos e ainda provoca assoreamento dos rios, reduzindo ainda mais a capacidade de armazenamento dos açudes”, disse.

Nobre propõe que os governos dos Estados do Nordeste poderiam empregar ex-agricultores sertanejos em projetos de reflorestamento da caatinga com espécies nativas. A reconstrução dessa vegetação e das matas ciliares ajudaria a proteger o ecossistema das alterações climáticas e ainda contribuiria para mitigá-las.

O cientista defendeu também o acesso à educação de qualidade a toda a população, uma vez que a porção mais afetada é aquela que menos tem acesso a recursos financeiros e educacionais.

A implantação de uma indústria de fruticultura para exportação é outra sugestão de Nobre para preparar o Nordeste para as mudanças no clima e que poderia fortalecer a sua economia.

“A relação seca-pobreza é um ciclo vicioso de escravidão e que precisa ser rompido. Isso se manterá enquanto nossas crianças não souberem ler, não aprenderem inglês ou não conseguirem programar um celular, por exemplo”, disse. 

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Embalagem cresce sozinha (e é comestível)

Usando produtos 100% naturais, a empresa Ecovative Design começa a fabricar as primeiras embalagens que crescem sozinhas a partir de cogumelos.
Na verdade, a Mycobond é uma espuma tão natural que não haveria nem mesmo problema em comê-la – apesar do produto não possuir valor nutricional e, segundo a fabricante, ter uma gosto não muito agradável.
Composto de restos agrícolas e cogumelo, ela tem um processo de fabricação que requer somente 1/8 da energia e 1/10 do dióxido de carbono de embalagens de espuma convencionais. Além de usar somente fontes renováveis, que não dependem do petróleo, a embalagem, depois de usada, serve como adubo para o jardim.

A ideia é Gavin McIntyre e Eben Bayer, dois alunos do Instituto Politécnico Rensselaer, que fundaram a Ecovative Design em Nova York, Estados Unidos. Materiais como sementes de algodão ou fibras de madeira são usados para alimentar as fibras do cogumelo mycelia, que crescem em à temperatura ambiente em local escuro.

Esse crescimento se dá em uma estrutura plástica moldada, que pode ser customizada a pedido do cliente. Portanto,  não se gasta energia modelando os produtos: ele já “cresce” na forma correta. Uma vez pronta, cada peça é aquecida para cessar o crescimento do fungo.

No momento, McIntyre  e Bayer trabalham com a National Science Foundation para reduzir ainda mais os impactos ambientais de produto. Eles desenvolvem um novo método para esterilizar o material agrícola inicial, uma etapa necessária para eliminar os esporos que possam competir com os dos cogumelos mycelia. Atualmente, a esterilização é feita com vapores, mas óleos de produtos como canela e orégano podem ser utilizados na etapa.

Se bem sucedidos na melhor do processo de esterilização, a energia necessária para a fabricação das embalagens será apenas 1/40 da necessária para produzir espumas de polímeros convencionais.

As embalagens, chamadas EcoCradl, podem ser encomendadas no site da empresa – que também desenvolve outros produtos com o Mycobond, como isolamento térmico para casas.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Mutirão consegue coletar 80 toneladas de pneus insersíveis

A primeira etapa do mutirão de coleta de pneus insersíveis conseguiu coletar 80 toneladas de pneus insersíveis em Maceió, o que significa cerca de 18 mil pneus de carros de passeio. Essa coleta é resultado de uma parceria entre Ministério Público Estadual, Instituto do Meio Ambiente (IMA), Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma) e a Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum). A coleta teve início no dia 22 dejunho e foi concluído em 8 de julho.Desde o mês de maio que o MPE vinha se reunindo com vários órgãos e empresários que trabalham com o produto para discutir uma solução para o descarte correto de pneus usados.
Durante as reuniões, a promotora de Justiça Dalva Tenório alertava sobre a importância do cumprimento da Legislação Ambiental por parte dos fornecedeores e fabricantes de pneus. “Os fabricantes e fornecedores de pneus precisam entender que é de responsabilidade deles dar a destinação final desses resíduos”, alertou.
Para Dalva Tenório, o descarte incorreto desses pneus só serve para proliferar o mosquito da dengue. “Isso é uma questão de saúde pública”, alertou a integrante do MPE. “Além de estarmos preservando o meio ambiente”, concluiu. Após destinação adequada, os resíduos foram transportados até o município de São Miguel dos Campos, onde está localizado a Fábrica Cimpor Brasil.
A segunda etapa do mutirão acontece na próxima semana e está sendo articulado pelo Núcleo do Meio Ambiente do Ministério Público. O trabalho será feito pela Superintendência Municipal de Obras e Urbanização (Somurb) com o auxílio da Superintendência de Controle e Convívio Urbano (SMCCU). A segunda etapa terá como meta recolher os pneus insersíveis das borracharias da Grande Maceió.

Coisas Interessantes sobre Leis e Ambiente.

PREGUIÇA ECOLÓGICA

Lei de Crimes Ambientais (Governo Federal)
Data: 12 de fevereiro de 1998
A lei que regula as punições para os crimes contra a natureza tem um agravante estranho: a pena aumenta para crimes aos "domingos ou feriados". É o velho jeitinho brasileiro: com menos fiscais trabalhando nesses períodos, o governo elevou a pena para desestimular agressões ecológicas nas folgas da patrulha. É a única lei federal da nossa lista.


FRUTO PROIBIDO
"Lei da Melancia" (Rio Claro, SP)
Data: 1894
A inofensiva melancia, quem diria, foi proibida em 1894 na cidade de Rio Claro, no interior de São Paulo. No fim do século 19, a fruta era acusada de ser agente transmissor de tifo e febre amarela, doenças epidêmicas na época. Com o tempo, a lei virou letra morta

ESSE PL NÃO COLOU
Em 1999, na mineira Juiz de Fora, os vereadores sugeriram que os cavalos e burros usassem fraldões para não emporcalhar as ruas. A iniciativa melou

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Atores globais plantam árvore em Maceió

Em passagem por Maceió para apresentação da peça Mais Uma Vez Amor, os atores Erom Cordeiro, Deborah Secco e Léo Fuchs, que também é produtor do espetáculo, aproveitaram a oportunidade para colaborar com o programa Maceió Mais Verde, da Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma). Cada um plantou uma árvore de espécies nativas da Mata Atlântica. O plantio foi realizado no último sábado (26), na Floresta da Fama, localizada no Parque Municipal de Maceió, em Bebedouro. 
Literalmente, os artistas - que estiveram na sede das empresas da Organização Arnon de Mello, onde concederam entrevista à TV Gazeta, dentro do AL TV 1ª Edição - vestiram a camisa por uma Maceió Mais Verde e colocaram as mãos na terra. Tanto para Cordeiro quanto para Fuchs, a experiência foi inédita. Já Deborah foi a segunda vez que plantou uma árvore. “A primeira foi em Florianópolis (SC)”, acrescenta. 
O secretário Ricardo Ramalho, que participou com os atores do plantio, destaca o sucesso da Floresta da Fama. “O projeto incorpora cada vez mais celebridades engajadas na luta ambiental. Esperamos que nos próximos dias mais artistas contribuam com o Maceió Mais Verde”, diz. 
“É muito bacana usar nossa imagem para o bem. Esse exemplo tem que ser seguido por outros artistas”, comentou Léo Fuchs. Erom Cordeiro, que é maceioense, vem à sua terra natal todos os anos e vai acompanhar o desenvolvimento de sua planta. “Quero acompanhar o crescimento. Achei uma iniciativa muito legal, pois quanto mais árvore, melhor qualidade de vida”. Já Deborah Secco, que ficou encantada com a cidade, salientou: “a gente se sente colaborando com um futuro melhor para nossos filhos e netos”. 
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Floresta da Fama
É uma área localizada no Parque Municipal de Maceió destinada à realização de plantio feito por personalidades artísticas, esportivas e políticas que têm o interesse de contribuir para com uma Maceió mais verde, mais bonita e ambientalmente saudável. 
A Floresta da Fama é mais uma estratégia do programa Maceió Mais Verde, que visa o plantio de um milhão de árvores na cidade – aproximadamente uma por habitante – até 2012. O programa já alcançou o número de 300 mil árvores plantadas, conforme arborímetro fincado na principal avenida de Maceió, a Fernandes Lima. 
Além disso, a criação da Floresta também visa a divulgação do Parque Municipal, que possui 82,4 hectares e dispõem de área específica para atividades educacionais, esportivas e de lazer; local para trilhas ecológicas; um lago com aproximadamente quatro mil metros quadrados, várias nascentes com áreas cristalinas, e muitas espécies da Mata Atlântica. O local é aberto de terça a domingo, inclusive feridos, das 7h às 17h.

Programa de coleta de pneus deve ser definido em até 15 dias

O Ministério Público Estadual voltou a se reunir com várias entidades para definir um programa específico de coleta de pneus insersíveis, para que tenham uma destinação útil. “Trata-se não só de uma questão ambiental, mas também de necessidade pública”, esclarece a coordenadora do Núcleo do Meio Ambiente, Dalva Tenório.

Os supermercados Extra, Makro Atacadista, Gbarbosa e Mapel tem o prazo de até 10 dias para encaminhar ofício ao MPE e dizer se vão participar do programa de coleta de pneus insersíveis.

O representante da empresa de reciclagem Reciclanip, Cesar Faccio, disse que já se reuniu com nove proprietários de pontos de comercialização de pneus da capital. E, segundo o representante, os comerciantes concordaram entre si em criar um ponto de coleta em Maceió, mas fez um alerta para os que não pretendem aderir ao programa. “O ponto de coleta só será usufruído por aqueles que contribuírem com o aluguel do ponto”, ressaltou.

Cesar Faccio, solicitou um prazo de 15 dias para informar ao Núcleo do Meio Ambiente a definição do local, a quatidade de revendedores de pneus que devem participar do programa e o valor do rateio dos custos.

Já o transporte dos pneus insersíveis dos pontos de comercialização dos pneus até o local do ponto de coleta será de responsabilidade da prefeitura, através da Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (SLUM) e da Superintendência Municipal de Controle do Convívio Urbano (SMCCU) como já tinha sido acertado na última reunião.

Dalva Tenório explicou que tanto a SLUM como a SMCCU cederão um caminhão uma vez por semana para fazer a coleta dos pneus. A promotora encerrou a reunião pedindo ajuda do poder público para que todos os borracheiros e revendedores de pneus participem do programa.

A energia que vem do lixo

Em busca de uma tecnologia inteiramente nacional, Henrique Saraiva, presidente da empresaUsinaverde, instalada na cidade do Rio de Janeiro, convocou antigos colegas - ex-engenheiros químicos do Centro de Pesquisas da Petrobrás - Cenpes - para desenvolver um projeto inovador no Brasil: uma usina para tratamento térmico do lixo.

Com vários anos de experiência em pesquisa teórica sobre o tema, a equipe brasileira se lançou no desenvolvimento da primeira usina desse tipo no país.  Após parcerias com pesquisadores e laboratórios da Coppe/UFRJ - Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e seus próprios funcionários em ação, a Usinaverde entrou em funcionamento com um projeto-piloto na Ilha do Fundão, no campus da UFRJ. "Somos uma empresa e não temos vínculos com a UFRJ. Mas muitos profissionais da universidade foram importantes no desenvolvimento de nossa tecnologia", explica Saraiva.

Instalada, em regime de comodato, no terreno da Fundação Bio-Rio/UFRJ, o protótipo da Usinaverde é capaz de processar 30 toneladas de lixo, por dia, com uma geração de energia que seria suficiente para atender 20 mil habitantes. Os resíduos sólidos são recolhidos na Usina de Triagem e Compostagem da Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro - Comlurb, localizada no bairro de Paciência. Para desenvolvimento da tecnologia, construção e operação do protótipo da Usinaverde foram investidos mais de R$ 15 milhões, em cinco anos.

O processo de geração de energia por tratamento térmico do lixo compreende duas fases: na primeira etapa, o lixo é separado, já que apenas matéria orgânica e resíduos não-recicláveis (papel e plástico que tiveram contato com matéria orgânica) são encaminhados para incineração. Esses materiais são, então, fragmentados e triturados num moinho, dando forma ao Combustível Derivado dos Resíduos (CDR).

Na segunda etapa, o CDR é incinerado a uma temperatura de cerca de 1000 ºC e os gases quentes são aspirados para uma caldeira de recuperação, onde é produzido o vapor que aciona o turbogerador (com potência efetiva de 0,6 MW, por tonelada de lixo tratado). Os gases extraídos da caldeira são neutralizados por um processo de filtragem, com rotores que giram a 900 rpm e lavagem com água alcalina. Os gases limpos são, então, lançados na atmosfera. Já os resíduos inertes são arrastados para um decantador e podem ser aproveitados na produção de material de construção. "Com 150 toneladas de lixo por dia, é possível fabricar pisos e tijolos para 28 casas populares de 50m2 por mês", informa Saraiva.

domingo, 25 de julho de 2010

A terra pode estar esfriando

Luiz Carlos Baldicero Molion 
O clima da Terra tem variado naturalmente ao longo de sua existência, seja por força de agentes externos ao sistema, como oscilações da atividade solar e dos parâmetros orbitais, seja por força de agentes internos, como atividade vulcânica e tectônica de placas. Existem evidências, por exemplo, de que o clima esteve mais quente do que o atual entre os anos 800 a 1350 dC – o chamado “Período Quente Medieval”. Naquela época, os vikings colonizaram e praticaram agricultura nas regiões do Norte do Canadá e em uma ilha que foi denominada Groelândia (Terra Verde), que hoje está coberta de gelo.
Entre 1350 e 1850, o clima resfriou, chegando aproximadamente a temperaturas de até 2°C inferiores às de hoje, particularmente na Europa Ocidental. Esse período foi descrito como a “Pequena Era Glacial”. Após 1850, passou a se recuperar, aquecendo-se lentamente, e as temperaturas do ar, próximas da superfície, se elevaram cerca de 0,6°C em média. Portanto, não há dúvidas de que ocorreu um aquecimento global nos últimos 150 anos. A questão que se coloca é se a causa desse aquecimento foi natural ou antropogênica.
Na figura a seguiré possível observar que, entre 1850 e 1920, a temperatura oscilou em torno de uma média de 0,4°C abaixo da atual. Entre 1925 e 1946, notou-se um forte aquecimento também de 0,4°C. Esse período de aquecimento coincide com a atuação simultânea de dois processos controladores do clima global. Um deles foi o aumento da atividade solar, que intensificou o fluxo de radiação incidente na Terra. O outro foi o aumento da transmissividade atmosférica, resultado de uma atmosfera mais limpa e transparente devido à redução da atividade vulcânica, que foi a menor dos últimos 150 anos no período de 1916 a 1962, de acordo com dados do Carbon Dioxide Information Analysis Center, órgão do Departamento de Energia dos Estados Unidos.

Alagoas terá Sistema Geral de Alerta

Um projeto da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) e do Instituto do Meio Ambiente (IMA), em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA) vai dotar o Estado de Alagoas com uma infraestrutura capaz de prevenir desastres como os ocorridos nos últimos dias, em vários municípios alagoanos. Estações telemétricas para monitoramento de chuvas e das vazões dos rios serão instaladas em várias cidades. Alem disso, será trabalhado um modelo de simulação chuva/vazão para os estudos de previsão de cheias e a elaboração de um mapa das inundações.
Segundo a superintendente de Recursos Hídricos da Semarh, Rochana Lima, que acompanhou a visita dos representantes da ANA, Valdemar Magalhães e Maurren Vieira, a idéia principal é montar o Sistema Geral de Alerta do Estado, similar ao instalado em Santa Catarina e que vem trazendo resultados positivos em termos de prevenção.
Doze municípios de Alagoas e Pernambuco foram percorridos pela caravana, constituída por técnicos da Semarh, IMA e ANA. Em todos eles, as estações fluviométricas, que monitoram o nível dos rios instaladas pela Agência foram arrastadas pelas águas ou seriamente danificadas pela correnteza.
A idéia agora é reestruturar as cidades com estações automáticas, que emitem os dados coletados via satélite. O trabalho vai começar pelas bacias hidrográficas do Mundaú e Paraíba, se estendendo até as bacias do Jacuípe, Una e do Ipanama, projeto que será desenvolvido em parceria com o Estado de Pernambuco. Além disso, equipes de operadores serão capacitadas para comunicar possíveis enchentes ou repassar os dados das estações montadas, caso apresentem problemas técnicos.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

A Amazônia mais DESPROTEGIDA do que Nunca

Recentemente uma notícia deixou a comunidade científica, ecologistas, enfim, todos que se interessão pelo meio ambiente preocupados, o motivo desta preocupação foi votação no Congresso Nacional pela Revisão do Código Florestal Brasileiro.
A premissa estabelecida é que o Brasil não possue mais área para a expanção agrícola, sendo necessária a concessão e ampliação de áreas de floresta da Amazônia para a exploração agropecuária.
Aspectos como perda da biodiversidade, destruição do solo, em geral, não estão sendo considerados.
O mais intrigante é que esta revisão foi feita sem consulta a nenhum órgão ambiental o que claramente pressupõe um tendencialismo na elaboração desta revisão.
Com a aprovação do relatório que propõe mudânças na legislação ambiental, o Brasil está "arriscando sofrer o seu mais grave retrocesso ambiental em meio século, com consequências críticas e irreversíveis que irão além das fronteiras do país", segundo carta redigida por pesquisadores ligados ao programa Biota-fapesp e publicado na sexta-feira (16/7), na revista science. (Agência FAPESP)

V Curso Internacional de Capacitação em Tecnologias Agroflorestais

A Empresa Brasileira de Pesquisa  Agropecuária - Embrapa, através de sua unidade Embrapa Amazônia Oriental, realizará o V Curso Internacional de Capacitação em Tecnologias Agroflorestais no período de 18/10 a 05/11/2010, nas cidades de Belém, Castanhal e municípios do Estado do Pará, Brasil. No período de 28/06 a 27/08/2010 estarão abertas as inscrições ao processo seletivo para participação no Curso, que desde 2007 capacitou a 119 técnicos extensionistas da Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela.
O Curso será realizado sob o patrocínio dos governos do Brasil, através da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), e do Japão, através da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) dentro do Programa de Treinamento para Terceiros Países (TCTP) executado em parceria por estes dois países. Este Curso se realiza no âmbito do Consórcio Iniciativa Amazônica (IA), e também conta com o apoio do Centro Mundial Agroflorestal - ICRAF.
O objetivo geral desse treinamento é a capacitação de técnicos extensionistas rurais para atuarem no planejamento, transferência e adoção de tecnologias agroflorestais que gerem impactos na redução, mitigação e  reversão da degradação dos recursos naturais, bem como na melhoria da qualidade de vida dos agricultores familiares amazônicos.
Informações adicionais sobre o Curso, tais como, informações gerais, programação, requisitos para candidatura, ficha de inscrição, e outros, podem ser acessados no site:  

http://www.abc.gov.br/treinamentos/

sexta-feira, 16 de julho de 2010

MMA inscreve educadores para prêmio sobre sustentabilidade

Aloma Petiane
Em sintonia com o Ano Internacional da Biodiversidade, o Instituto Ecofuturo, com a chancela do Ministério do Meio Ambiente, promove pelo segundo ano a edição do Prêmio Ecofuturo de Educação para a Sustentabilidade. Educadores de todo o País, de instituições públicas ou privadas,estão convidados a elaborar projetos pedagógicos com o tema Saber Cuidar.
O objetivo do prêmio é levar a sustentabilidade para a sala de aula, ajudando educadores a tratar do tema não apenas de forma teórica, mas com atividades práticas.
Para facilitar ainda mais a divulgação, foi criado um blog e uma biblioteca virtual no portal do concurso. No site, os professores podem encontrar livros, sites,vídeos e textos como o do escritor e jornalista Daniel Piza e do poeta Bartolomeu Campo de Queirós, especialmente selecionados para pesquisa e que podem ser usados como referência pelos educadores.
Premiação - O prêmio dos dez melhores autores será a publicação dos projetos em livro que todos receberão, R$ 3 mil em dinheiro e uma coleção de livros de literatura e de ecologia. Além disso, as escolas em que os os professores ministraram aula receberão uma coleção de livros de literatura e um computador com impressora. A primeira edição do concurso superou as expectativas, contou com 398 projetos inscritos.
O prazo para envio de projetos segue até o dia 25 de agosto.

Saiba mais em: http://www.premioecofuturo.com.br/2010/

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Radis destaca uso indiscriminado de agrotóxicos no país

Revista Radis traz na sua matéria de capa um panorama do Agrotóxico no Brasil e o aponta como o maior consumidor de agrotóxicos do mundo.
Somente no ano passado, foram vendidas 725,6 mil toneladas dessas substâncias no país, movimentando US$ 6,62 bilhões, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag). Em 1987, o consumo não ultrapassava as 100 mil toneladas, como mostrava reportagem da revistaTema (edição 9) que era editada pelo RADIS. Considerado o motor do agronegócio brasileiro, o agrotóxico impacta os ecossistemas e a saúde da população, concordam pesquisadores da Saúde — que se envolvem cada vez mais com esta e outras questões do meio ambiente.

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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Política Nacional de Resíduos Sólidos (PLS 354/89)

Hoje no Senado, será discutido o projeto de lei (PLS 34/89) que trata da instituição de uma Política Nacional de Resíduos Sólidos.
O projeto proíbe a criação de "lixões", onde os resíduos são lançados a céu aberto. As prefeituras deverão construir aterros sanitários adequados ambientalmente, onde só poderão ser depositados os resíduos sem qualquer possibilidade de reaproveitamento ou compostagem. Será proibido catar lixo, morar ou criar animais em aterros sanitários. O projeto prevê ainda a proibição de importação de qualquer lixo.
O projeto trás ainda novidades a respeito do que eles chamam de "logística reversa", que na mais é do que a obrigação de fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores realizarem o recolhimento de embalagens usadas. Foram incluídos nesse sistema agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas e eletroeletrônicos.
Além disso, é introduzida na legislação a "responsabilidade compartilhada", envolvendo a sociedade, as empresas, as prefeituras e os governos estaduais e federal na gestão dos resíduos sólidos. A proposta estabelece que as pessoas terão de acondicionar de forma adequada seu lixo para a coleta, inclusive fazendo a separação onde houver coleta seletiva.
A proposta prevê que a União e os governos estaduais poderão conceder incentivos à indústria de reciclagem. Pela nova política, os municípios só receberão dinheiro do governo federal para projetos de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos depois de aprovarem planos de gestão. Os consórcios intermunicipais para a área de lixo terão prioridade no financiamento federal. As cooperativas de catadores de material reciclável foram incluídas na "responsabilidade compartilhada", devendo ser incentivadas pelo poder público.
Com os incentivos e as novas exigências, o país tentará resolver o problema da produção de lixo das cidades, que chega a 150 mil toneladas por dia. Deste total, 59% vão para os "lixões" e apenas 13% têm destinação correta, em aterros sanitários. Em 2008, apenas 405 dos 5.564 municípios brasileiros faziam coleta seletiva de lixo.